quinta-feira, 12 de março de 2009

MULHERES FAMOSAS


A PADEIRA DE ALJUBARROTA


Brites de Almeida nasceu em meados do século XIV em Santa Maria de Faro e os seus pais eram gente muito humilde.
Conta-se que quando era pequena já era alta, muito forte e musculada. E como era meio «Maria rapaz», gostava de resolver tudo com a ajuda dos punhos.
Parece que quando tinha 20 anos os pais morreram e ela usou o pouco dinheiro que eles lhe deixaram para aprender a usar uma espada (só os homens nobres é que o faziam!).
Então, para ganhar dinheiro, começou a usar os seus conhecimentos em feiras, onde fazia combates contra homens.Esta história chamou a atenção de um soldado que a desafiou: se o soldado ganhasse, Brites casava com ele. Se perdesse, ela matava-o.O que acabou por acontecer mas naquele tempo, também era crime matar um soldado. Por isso roubou um bote com o objectivo de fugir para Espanha.
No caminho um grupo de piratas raptou-a, e levou-a para Argel (na Argélia), onde a vendeu a um árabe rico.
No entanto, Brites não era pessoa para ficar presa. Passado um ano convence outros dois escravos portugueses a fugir para Portugal.Disfarçou-se de homem e seguiu para Torres Vedras, onde comprou dois machos e se transformou em almocreve.
Mesmo assim, os sarilhos não a largaram e, depois de se envolver em várias lutas e provocar algumas mortes na zona de Lisboa, Brites apanhou um barco para Valada, de onde, já vestida de mulher, acabou por ir parar a Aljubarrota.
Para sobreviver, já cansada e sem maneira de ganhar dinheiro, começou a pedir esmola à porta de um forno, o que chamou a atenção da padeira, já idosa, que reparou que Brites era uma mulher forte e que a podia ajudar. Assim, começou a carreira de Brites como padeira.
Um dia, já depois da velha padeira ter morrido e já sendo Brites a dona do negócio, deu-se uma grande batalha em Aljubarrota.
Como a maioria do povo português, ela também estava do lado de D. João, Mestre de Avis, e não queria os espanhóis a governar Portugal.
Depois de vencer os espanhóis nessa batalha, Brites chefiou um grupo de populares que perseguiram os espanhóis em fuga.
Nessa noite de 14 de Agosto de 1385, ao regressar, a padeira chegou a casa e encontrou sete espanhóis escondidos no forno onde costumava cozer o pão.
Sem hesitar, pegou na pá de levar o pão ao forno e bateu-lhes até os matar, um a um, à medida que saiam do forno.Existem várias versões desta lenda, aumentam o número de castelhanos e também o número de crueldades que a padeira lhes fez...a Padeira de Aljubarrota faz parte da História de Portugal, nunca mais sendo esquecida.
Claro que a sua história não acaba na época da Batalha. Parece que quando fez 40 anos se casou com um lavrador rico que a admirava muito e chegou a ter filhos.


trabalho realizado por:

Tânia Loureiro

e Mariana Souza

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